quinta-feira, 6 de abril de 2017

Manaus Cidade, comida, passeios


Dia após dia, imagens, fatos e curiosidades, o dia a dia, como é bom se permitir experimentar, olhar, escutar, cheirar, divertir...
Esta foi a proposta, conhecer um local diferente, sentir os cheiros, os sabores, ver os costumes. Manaus é surpreendente pois é muito diferente do que temos e do que vemos no sul do Brasil. Por mais que eu esteja dentro de uma cidade, a imensidão do Rio Negro, os costumes e a praticidade ou dificuldade de tudo acontecer em função do rio, as viagens, os transportes, a mata, isto é fascinante. O modo de vida dos manauaras é diferente.

Claro que temos a correria dos grandes centros, os shoppings que aqui são vários, os hotéis, bons restaurantes, neste ponto as diferenças são apenas regionais, um sotaque, um tipo de vestimenta, um tipo de praça de alimentação com uma opção de comida regional, um artesanato regional. 

Mas quando se observa o povo, a vida, a realidade, quando ao caminhar você se depara com uma feira de alimentos e de produtos, quando se entra no Mercado Municipal, ou quando se ouve um artista cantar, se ouve o barulho dos barcos, o cheiro do peixe, sentir a umidade do ar, ver os postos de combustível dentro do Rio Negro (demorou para entender que ali tinha um posto de combustível), quando você se permite experimentar estas diferenças, é isto que eu falo em sentir prazer em viajar, se permitir fazer parte deste novo mundo, sem interferir, sem porquês, apenas observar...

Posto de Combustível aquático


Mercado Municipal Adolfo Lisboa, um passeio pelos sabores, cores e costumes de qualquer cidade. O povo, seu espaço, sua cara, seus prazeres. Suas raízes e as raízes, a pimenta, o artesanato, a comida, os frutos, o cheiro.


Mercado Municipal Manaus








Eu gosto demais de passear pelos Mercados das cidades. O mercado de Manaus tem uma arquitetura muito bonita, inspirado no Mercado de Les Halles de Paris, foi o segundo mercado construído no Brasil e inaugurado em 1882. Em estilo Art Noveau, sua estrutura é em ferro fundido e vidros coloridos. Popularmente conhecido como mercadão, é a principal porta de entrada da produção pesqueira e rural do Estado. (texto extraído da internet)






Tacacá





TACACÁ - Culinária do Norte, pelas informações a origem é do Pará. Um caldo quente saboroso, um ânimo para começar bem a noite. Ingredientes típicos da região como a goma de mandioca, camarão salgado, chicória, alho, pimenta de cheiro, jambu e tucupi. Sem falar na charmosa cuia que você encontra e pode adquirir no belíssimo Mercado Municipal de Manaus.
Prepare-se para suar, suar e suar. Mas é bom










Teatro Manaus


Teatro Amazonas, inaugurado em 31 de dezembro de 1896. Final do século XIX, no período do Ciclo da Borracha, período privilegiado da situação econômica da Província do Amazonas com a exportação da borracha.

A arquitetura é muito bonita e é fascinante o passeio pelos seus salões e todo o seu interior.

O charme da praça em frente ao Teatro Amazonas, um calçadão com diversos bares e lojas de artesanato. A arquitetura bem conservada e restaurada. A praça sempre surpreende com algum artista improvisando sua arte, muitos visitantes, tanto turistas quanto o próprio habitante da cidade.





Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição - Manaus

A atual Catedral Metropolitana de Manaus esta situada na parte central da cidade, sobre a elevação entre os igarapés do Espirito Santo e da Ribeira (ambos aterrados), com sua fachada principal voltada para o rio Negro que até hoje é o principal portão de entrada da capital amazonense.

A praça XV de Novembro, onde está localizada a igreja, já recebeu diversos nomes como Largo da Olaria, praça da Imperatriz, praça do comércio ou praça Osvaldo Cruz. De todos esses nomes o mais importante é ter sido denominado de Largo da Olaria e este foi um dos primeiros nomes, ainda, no Brasil Colônia.

Rio Negro

O Rio surpreende pela imensidão, a força que suas águas demonstram ter. Em algumas regiões o rio tem a espantosa profundidade de até 80 metros. Durante um passeio organizado várias são as surpresas, as belas imagens, o encontro das águas (Rio Negro e Rio Solimões), a impressionante ponte Rio Negro que liga Manaus ao Estado do Acre, os postos de combustíveis instalados dentro do rio, a população ribeirinha.

Rio Negro - Manaus



O passeio organizado que sai do porto de Manaus, ao lado do Mercado Municipal é interessante mas fica a sensação de que tudo é planejado para mostrar ao turista tornando assim um passeio artificial. Claro que vale a pena fazer o passeio, não teria outra maneira de conhecer o Rio, de nadar com o Boto, de ir até uma aldeia indígena, almoçar em um restaurante flutuante entre outras surpresas. Mas fica sim a sensação da invasão, do comércio explorado por algumas organizações que você não tem certeza de qual destino será dado aos recursos que são arrecadados. Mas é isto, o passeio é bonito, é uma maneira de conhecer um pouquinho minúsculo da grandeza do Amazonas.



Encontro das águas Rio Negro com Rio Solimões
O preto é quente, o marrom é frio.
O encontro das águas encanta os olhos tanto de perto, quanto de longe.
Basta contemplar
Encontro das Águas



Ponte Rio Negro agora  se chama Ponte Jornalista Phelippe Daou (fev2017). Jornalista que contribuiu de maneira decisiva para a disseminação da cultura, a preservação da identidade regional e defesa dos direitos dos cidadãos amazonenses.



Durante o passeio temos acesso a uma aldeia indígena. Na realidade o que encontramos é uma comunidade que deixa suas terras e vêm próximos a Manaus em um projeto que visa a divulgação da cultura indígena, seus costumes, o artesanato. Pelas próprias palavras do cacique, eles estão ali para conseguirem recursos e ajudarem a sustentar a aldeia onde seus familiares moram no interior da amazonas.

Para nós que estamos apenas de passagem e com o objetivo de conhecer um pouco destes costumes, a apresentação de suas danças e do artesanato é muito valido. Novamente aqui fica a sensação do passeio artificial pois nada disto é verdadeiro. A vida deles é outra, o homem branco é o grande intruso nesta história toda. Talvez uma ação governamental que se propusesse sim a preservar a cultura e os costumes, evitaria que situações como estas aconteçam. "Fica a falsa sensação de que tudo isto foi programado para turista ver".


Apesar do meu ponto de vista, conhecer esta cultura mais de perto é muito produtivo. Precisamos ter um olhar refinado para saber olhar e apenas observar, imaginar como é viver assim, como é o chão batido, as danças, os filhos, como eles conseguem sobreviver na natureza enquanto o homem branco cada vez mais destrói seu próprio mundo.





Este é um tacho onde provavelmente eles cozinham a mandioca. Eu pouco perguntei, me limitei a observar, a imaginar, a tentar sentir um pouco da sensação de como é viver sem ambições, principalmente ambições materialistas. Vivemos de forma muito errada, cultivamos o consumo, destruímos o que temos de graça. O homem racional é o mais burro dos animais, destrói seu próprio habitat.

Melhor só contemplar, isto me basta...








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