sexta-feira, 7 de abril de 2017

Amazonas - Presidente Figueiredo - Cachoeiras

A sensação da mata amazônica que eu não senti em Manaus, eu encontrei na estrada sentido a cidade de Presidente Figueiredo. São raros os momentos que você tem um horizonte e muito diferente da região sul, não se vê montanhas, pastos, fazendas, plantações ou coisas do tipo. Agora sim, tudo é mata.

A sensação é que você esta sendo engolido pela mata, isto fica muito evidente pois tirando o trajeto da estrada, tudo ao redor é mata. Em alguns momentos a paisagem é deslumbrante e vale algumas paradas para contemplar e fotografar. Mas foi somente neste momento que senti a imensidão do que venha a ser a Selva Amazônica.

A cidade de Presidente Figueiredo fica a uns 120 km de Manaus, cidade pequena, infra estrutura compatível ao tamanho da cidade, acabei encontrando, inclusive por sugestão do próprio Daniel, uma boa Pousada e uma ótima guia. A Pousada das Pedras fica no centro da cidade e na rua lateral tem um bistrô muito gostoso onde a proprietária, uma pessoa muito especial acabou sendo minha guia nos dias seguintes na exploração das cachoeiras. Trajeto de quase 200km mata adentro até a hidrelétrica de Balbina e voltando para Presidente Figueiredo. A hidrelétrica de Balbina é uma construção da época do governo militar, talvez o projeto mais sem sentido construído na Amazonas pois os impactos tomaram proporções assustadoramente negativos, como, mínima capacidade de gerar energia, por área florestal destruída e invasão de territórios indígenas. Qualquer busca na internet remete ao absurdo que foi este projeto.

Mas a região de Presidente Figueiredo é privilegiada pois existe mais de 100 cachoeiras catalogadas. Logo na entrada da cidade encontra-se a Central de Atendimento ao Turista - CAT - que facilita e muito a vida de qualquer turista além de indicar bons guias a preços justos.

Eu preferi me aventurar com uma amiga indicada ainda em Manaus e que me levou a lugares surpreendentes. Foram cachoeiras e mais cachoeiras, comunidades, rios, o lago da hidrelétrica de Balbina, a comida tipica, o peixe, uma maria ruana no momento certo, no lugar certo, com a pessoa certa. 

Não me lembro dos nomes de todas as cachoeiras e muito menos das comunidades por onde passei. Estava curtindo e era este o propósito, registrei algumas fotos e deixo aqui este registro e a sugestão de que vale muito conhecer esta cidade, estas cachoeiras cujas águas não são geladas mesmo estando dentro da mata.

Estar dentro da mata para mim que sou claustrofóbico não é muito fácil, mas é aprendendo a lidar com estas dificuldades, apreciando, respeitando, observando, se deixando fazer parte deste habitat, termino minha visita curta demais ao Amazonas. Terra que quero voltar, agora sim com mais tempo, sem pressa e curioso para conhecer muito mais.

Corredeira ainda na cidade



Cachoeira da Pedra Furada. Na cheia são 3 furos na pedra e jatos d'água formando um lago para ficar contemplando, refrescar...



 Nadei muito, todos os rios por onde passei as águas são agradáveis, as condições são tranquilas. As cachoeiras nesta região não são de grande porte, ficam entre 3 a 30 metros de altura. Depende muito da época, nas cheias os rios estão mais fortes e as quedas d'água também, mas mesmo na época da seca a região te proporciona belas imagens e um passeio extremamente refrescante.


Até a próxima viagem, espero que ainda este ano - 2017 - eu comece a explorar novos horizontes e faça deste blog um diário. Até agora foi uma recordação, maneira mais difícil de escrever pois recordar a gente recorda mas a sensação do momento ficou para traz. Mas valeu a experiencia até aqui, agora é definir o próximo destino...










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